Cantoria da Bandeira do Divino em Imaruí

A devoção ao Divino Espírito Santo, manifestada na Bandeira do Divino, chegou a Imaruí com os seus colonizadores. Herança de lusos e açorianos.

Dentro da Tradição da festa foi construído o Império, isto é, uma casa onde se faziam reuniões e rezas em preparação das Festas e se guardava os bens da Bandeira. Visto que, ás vezes, podiam ser escolhidos festeiros do interior da Paróquia, eles teriam um lugar para preparar a festa no centro da cidade.Era ali que a Corte era vestida e preparada para as procissões .Na frente do Império havia um tablado que era ornamentado para abrigara a Corte.Dali a procissão partia em direção a matriz.

O Império estava erguido próximo a matriz na esquina das atuais ruas  carreiras e José Inácio da Rocha. Há muitos anos que o Império foi abandonado e já nem existe  mais.

Depois de um tempo sem realizar a festa, um casal vindo de Florianópolis resgatou a tradição promovendo a Festa do Divino. Era o casal Tenente Martins e D.Santa.Naquele ano de 1940, o casal Imperador da Festa foi Jorge Justino e Líbia Bittencourt.

Como ocorre hoje, nas noites que antecediam a realização da festa, as Bandeiras visitavam as casas e promoviam novenas na matriz. Antes disso as novenas com ladainhas e cantos em latim eram rezadas nas casas onde os foliões fossem pernoitar.E de madrugada,antes de recomeçarem as visitas nas demais residências, os foliões cantavam e rezavam.Era a "alvorada da Bandeira".

Os festeiros organizavam procissões com a Corte Imperial e as Missas festivas coroavam a festa. Os súditos do Divino ainda podiam deliciar-se com as guloseimas oferecidas nas barraquinhas montadas na frente da matriz e maravilhar-se com o fogos de artifícios.

A festa era promovida todos os anos. Em 1988,o casal Artur e Rosana Silva coordenou a festa.No final da festa, conforme o costume, o cetro de prata, a coroa do Divino, o Esplendor foram entregues ao casal Carlos Duarte e Marlene que por motivos familiares, não puderam promover o evento.

Então as Bandeiras ficaram guardadas na matriz até que, em 1998,dez anos mais tarde, o Pe.Paulo Rodrigues incentivou a retomada da manifestação religiosa. Para cobrir a lacuna existente, foi convidado o casal João Batista Duarte e Ivone para juntamente com a CAEP, promoverem a festa.

A partir desta data, a festa não parou mais, como se pode notar no quadro abaixo:

Quando foi possível, as Bandeiras e cantorias visitaram as famílias e capelas do interior. Algumas vezes não foi possível levar a Folia para as comunidades da Paróquia por motivo de doença dos cantadores e tocadores.

É muito difícil conseguir formar grupos de foliões, pois os mais novos não podem assumir o compromisso de ficar semanas fora de casa. Então optou-se por levar as Bandeiras nas capelas e, nestas ocasiões, promover missas ou novenas do Espírito Santo.

Nestes últimos anos a Festa é preparada através de visitas de "grupos missionários do Divino" que visitam as comunidades. Uma celebração  é preparada envolvendo os missionários e a comunidade.As visitas acontecem especialmente nos meses de outubro (dentro da dinâmica do Mês Missionário) e de novembro(o mês da Festa).

Em 2004, elaborou-se um calendário de visitas às comunidades que previa atividades já a partir de julho.

Informações extraídas na íntegra do livro "A nossa história… do nosso jeito" autoria do Pe.Auricélio Costa.

*atualizado em 2010

A Festa esse ano será realizada de 19 a 21 de novembro, e o casal festeiro deste ano é João Batista Corrêa e Elisabeth Mendes Corrêa.

Na manhã desta quarta-feira (11) a equipe da Cantoria da Bandeira do Divino esteve na Prefeitura Municipal de Imaruí.

O Prefeito e funcionários se reuniram no hall de entrada da Prefeitura e apreciaram a cantoria.

Queremos parabenizar a equipe da cantoria composta por Doraci Silveira, Francelina V.Gonçalves, Neide Terezinha de Jesus, Lidia Fernandes, Odenice de Oliveira, Margarida Castro de Oliveira, Gertrudes Monteiro e Salete Alves de Oliveira que percorrem as comunidades preservando uma tradição.