Plenária que discutiu o Plano Municipal de Educação reúne centenas de pessoas em Imaruí

     O Plano Municipal de Educação é decenal, ou seja, tem validade por um período de dez anos, por isso sua elaboração é bastante séria e criteriosa, pois a partir dele o destino da educação para até a próxima década será traçado. Para elaboração e adequação do Plano Municipal de Educação foi realizada nesta terça-feira (28) uma Plenária no Auditório da Escola E. F. M. Prefeito Portinho Bittencourt em Imaruí que reuniu mais de 200 pessoas.

    Participam na elaboração do plano todos os órgãos governamentais e não governamentais, sociedade, comunidade escolar, comissão permanente e secretaria municipal de Educação. Cada pessoa envolvida no processo de construção do Plano Municipal de Educação contribui de maneira decisiva para o desenvolvimento da educação do seu município, estado e país. Este é um processo cuidadoso e democrático e também de inclusão social, a finalidade é propor um plano capaz de representar os anseios e esforços de toda a sociedade em torno dos avanços necessários à educação.

     Através da cartilha elaborada pelo Plano de Educação Nacional que constitui de 20 metas e 250 estratégias, foi baseada a elaboração do Plano Municipal de Educação. Entre as diretrizes colocadas em prática, a comissão deu ênfase na erradicação do analfabetismo, a ampliação de vagas para atendimentos nas creches, no ensino integral, fundamental, superior e técnico além da educação voltada para jovens e adultos aliadas ainda à inclusão social e a valorização da carreira docente.

    Quem ministrou a Plenária foi a Psicopedagoga e Avaliadora Educacional Técnica da AMUREL/AMREC, Eliana Francisco Dal-Toé. Eliana ressaltou a importância de se “formar uma rede, onde exista união das pastas de Educação, Saúde e Promoção Social, é também muito importante que os pais participem ativamente, pois a cada dez anos o Plano Municipal de Educação é readequado de acordo com nossas necessidades atuais.”

     Com a discussão em plenária houve alterações significativas na parte das estratégias que compõe o plano. Por exemplo, no ítem 5.1. que refere-se a meta sobre ‘alfabetismo e letramento, que visa estimular os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental articulando as estratégias desenvolvidas na pré-escola com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico a fim de garantir a alfabetização plena a todos as crianças’, foi acrescido: ‘assegurar as condições mínimas de aprendizagem com a possibilidade de reprovação em caso de necessidade, desde que comprovado que o aluno não tenha conhecimento suficiente para progredir para a série seguinte.

    A Escola Indígena de Ensino Fundamental Tekoa Marangatu apontou suas necessidades para inserção no plano, entre elas, ‘o fomento a formação inicial e continuada de professores e funcionários indígenas em cursos específicos e diferenciados, para atender as necessidades de cada etnia. A garantia ao acesso à escolarização e permanência na escola com aprendizagem aos povos indígenas, respeitando a cultura, crença, valores e organização social da tribo. A garantia à inserção de programas de prevenção ao uso de drogas, alcoolismo e doenças sexualmente transmissíveis em parceria com as secretarias de saúde e promoção social e o apoio ao acesso e viabilização de formas de permanência do indígena no ensino superior.’

    “A Plenária que discutiu a elaboração do Plano Municipal de Educação de Imaruí foi absolutamente positiva, reunimos mais de 200 pessoas que opinaram e pincelarão a construção do nosso plano que permitirá definir os rumos da educação nos próximos dez anos de acordo com nossas necessidades,” afirmou a secretária municipal de educação Maria do Carmo Crescêncio Matos. A previsão para que o Plano esteja totalmente formatado é até o próximo dia 06 de maio para que possa então ser encaminhado para apreciação da Câmara de Vereadores e dar continuidade ao processo.