24 de março é Dia Mundial de Combate à Tuberculose

 

Nesta quinta-feira, 24 de março é "Dia Mundial de Combate à Tuberculose", um movimento que busca envolver as esferas de governo e setores da sociedade na luta contra a doença. Infecciosa e contagiosa é causada por um micro-organismo (Mycobacterium tuberculosis) conhecido como bacilo de Koch. É transmitida de pessoa a pessoa através da tosse, fala e espirro. A causa está ligada às questões socioeconômicas, sendo uma das doenças mais  antigas que se tem relato na humanidade. Por isso, ela está incluída na lista das prioridades do Ministério da Saúde.

A campanha tem como meta orientar a população e divulgar os sintomas da tuberculose, encorajar os sintomáticos respiratórios a buscar uma unidade de saúde para realização do exame de baciloscopia e ainda convencer sobre a importância de completar o tratamento.

Apesar de ser uma moléstia grave que pode levar à morte, o tratamento adequado garante a cura do paciente. Ao surgir sintomas como tosse por mais de três semanas, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, cansaço fácil ou febre baixa no final da tarde, a recomendação é que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Situação da Tuberculose em Santa Catarina, no Brasil e no mundo.

Santa Catarina é um dos estados que possuem uma das mais baixas taxas de incidência (27/100 mil hab.). Porém, depois de vários anos de queda no  registro de casos, o estado vem apresentando índices estáveis ultimamente, ao contrário dos dados de todo o país, que estão mostrando redução, segundo estatísticas do Ministério da Saúde.

Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam questões de caráter social como motivo da estagnação do número de casos novos da tuberculose em Santa Catarina. Entre elas, estão o índice elevado de casos de HIV, coinfecção de tuberculose e AIDS, aumento do uso de drogas ilícitas, migração de populações empobrecidas de outros estados e altíssima incidência da doença na população carcerária.

Atualmente o estado registra 1.700 casos anuais, sendo que 79% são pulmonares. Mesmo assim, Santa Catarina apresenta uma das menores Taxas de Mortalidade por Tuberculose do país com 0,98/100 mil habitantes. Cerca de 70% das pessoas contaminadas têm de 20 a 50 anos e 66% são homens. Do total de portadores, 80% são submetidos ao exame de HIV. O ideal seria que todas as pessoas que tenham a tuberculose façam o teste, pois as duas doenças associadas podem explicar o atual quadro catarinense.

Em 2009, o índice de co-infeccção da AIDS e da tuberculose foi de 21,7%. A taxa é considerada alta pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Para a coordenadora Estadual do Programa de Tuberculose da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Nardele Maria Juncks, o dado indica que é preciso ter uma atenção especial e urgente, reforçando a ampliação da realização de medidas de prevenção. Segundo ela, é necessário realizar a detecção precoce e o tratamento supervisionado de todos os portadores, para romper a cadeia de transmissão da doença e atingir a meta de curar pelo menos 85% dos casos.

No Brasil, são notificados, aproximadamente, 80 mil casos de tuberculose por ano e cerca de cinco mil mortes. Desse total de casos, 70% estão concentrados em 315 dos 5.570 municípios brasileiros. A tuberculose é a 9ª causa de internações por doenças infecciosas, a 7ª causa em gastos com internação no SUS por doença infecciosa e a 3ª causa de mortes por doença infecciosa. No mundo, são cerca de 9 milhões de casos novos e 2 milhões de mortes por ano.

Fonte: Adjorisc

Em Imaruí:

O diagnóstico da Tuberculose é realizado pelos médicos da Estratégia de Saúde da Família, o paciente faz o exame de baciloscopia (coleta de escarro), que é realizado pelo SUS no Município. Se confirmado a patologia, o paciente irá receber as medicações pelo SUS (provenientes da Regional de Saúde) e será acompanhado pela sua equipe de ESF (Estratégia da Saúde da Família) e pela técnica responsável da Vigilância Epidemiológica, Débora Raimundo Teixeira. Atualmente dois pacientes estão em tratamento no município.